Três pontos: O que significará fechar 2015 no vermelho para o Brasil. 1° Parte
- Fonte: BBC:
- 27 de out. de 2015
- 2 min de leitura

Fonte Imagem: https://www.google.com.br/search?q=AUMENTO+DA+DIVIDA+2015+BRASIL&espv=2&biw=1280&bih=923&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAcQ_AUoAmoVChMI2Y2z8-TjyAIVSYOQCh2cIAvi#imgrc=fPqOcXrRE4aa3M%3A
1. Aumento da dívida pública
Uma pessoa que gastou mais do que ganhou em um certo mês pode cobrir o rombo em suas contas pedindo um empréstimo.
Suponhamos que essa pessoa já esteja endividada - então precisa de dinheiro emprestado não só para fechar as contas do mês, mas também para pagar as parcelas dessa dívida antiga, que no mês seguinte será ainda maior em função do novo empréstimo.
Em uma situação de déficit primário é mais ou menos isso o que acontece com o governo.
"Os recursos para fechar as contas e pagar os juros da dívida são obtidos emitindo mais títulos públicos", explica Marcio Salvato, coordenador do curso de Economia do Ibmec-MG. Ou seja, o governo emite mais dívida.
"O problema é que essa emissão tende a aumentar ainda mais a dívida pública, que já cresceu de 55% para 65% do PIB em 2014. E isso impulsiona as suspeitas sobre a capacidade do Brasil pagar o que deve, levando ao aumento dos juros cobrados sobre a dívida."
A perda do grau de investimento - uma espécie de "selo de bom pagador" emitido por agências de classificação de risco - é um reflexo dessas suspeitas. A agência Standard & Poor's rebaixou em setembro a nota de crédito brasileira de BBB- para BB+, considerado grau especulativo.
Pelas classificações de outras duas agências, a Fitch e a Moody's, o Brasil está a apenas um degrau de perder esse grau de investimento e, segundo analistas, a trajetória da dívida será "decisiva" para essa definição, que pode reduzir - e encarecer - o crédito (ou seja, o dinheiro disponível para empréstimos) ao país e às empresas aqui sediadas.
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